HIDROGRAFIA E METEOROLOGIA
O clima é equatorial, com ventos alísios vindo do Sudeste e temperatura média de 26ºC, sendo agosto o mês mais quente, outubro o mais seco e a época das chuvas de março a julho. De acordo com os dados da Marinha do Brasil de 1957, o período de chuvas do Atol das Rocas é semelhante ao Arquipélago de Fernando de Noronha, chegando a 250 mm no mês de abril e 6 mm no mês de outubro.
FLORA
O Atol das Rocas apresenta uma vegetação densa tipicamente herbácea, resistente à salinidade, à excessiva luminosidade e à constante ação das marés. As espécies possuem características próprias - apresentam seus ramos orientados para o mar e estruturas resistentes ao soterramento que crescem continuamente, formando um emaranhado. Algumas espécies avançam um pouco mais para o interior formando "ilhotas" que alternam com outras espécies.
No Atol das Rocas, entre diversos animais vertebrados e invertebrados, foram identificadas e catalogadas até o momento 34 espécies de esponjas, 7 de corais, 18 de crustáceos, destacando-se duas espécies que ocorrem somente em ilhas oceânicas, o caranguejo terrestre (Gecarcinus lagostoma) e o aratu (Grapsus grapsus), e 147 espécies de peixes. Dentre os sargos, garoupas e xaréus, destacam-se duas espécies de peixes endêmicas (exclusivas) na região que abrange o Atol das Rocas e o Arquipélago de Fernando de Noronha, o gudião Thalassoma noronhanum e a donzela Stegastes rocasensis.
TARTARUGAS
O número médio de ninhos por fêmea por temporada foi 5, o número médio de ovos por ninho foi 120, o tempo médio de incubação dos ovos foi 59 dias e a taxa média de eclosão foi de 69,6 %. As medidas médias do comprimento e da largura curvilíneos da carapaça foram, respectivamente, 116,0 cm e 108, 0 cm.
A primeira citação do Atol das Rocas, em carta náutica, foi publicada em 1502 por Alberto Cantino, representado sob a forma de mancha a Oeste da ilha de Quaresma (hoje conhecida como Fernando de Noronha).
Outra menção da existência de Rocas foi um naufrágio ocorrido em 1503 por um navio português, sob o comando de Gonçalo Coelho, que por este motivo descobriu o Atol das Rocas.
1855 - "COUNTESS OF ZETLAND", barca inglesa que carregava algodão em Maceió-AL e açúcar em Recife-PE.
1856 - O "TRUE TRISTON", sob o comando do Capitão REYNELL experimentou um desembarque nas Rocas para averiguar sinais que pareciam e que de fato eram de sobreviventes de um naufrágio.
1865 - A galera a vapor "DUNCAN DUMBAR", viajando de Londres para Sidney, arrebentou seu casco na parte noroeste da borda recifal. O Capitão Swanson navegou numa lancha durante oito dias até o porto do Recife com alguns marinheiros. 117 pessoas e a guarnição conseguiram se abrigar milagrosamente na Ilha do Farol. O paquete "ONEIDA" que ia para Europa, recuperou de passagem os náufragos das Rocas.
1870 - A embarcação "MERCURIUS" bateu no anel recifal e se desconjuntou. Dos 22 homens, apenas 06 sobreviveram. Foram salvos pelo Capitão Cuthbertson, da embarcação "SILVER CRAIG", após 51 dias de desespero.
1880 - O Comandante Antônio Coelho Ribeiro Roma, do cruzador "MEDUSA", relatou que o número de barcos sinistrados não parecera menos de dezenove.
1982 - Barco pesqueiro PRODUMAR II, com 12 tripulantes.
O FAROL
A casa dos faroleiros foi concluída em 1887. Em 1908, o farol foi substituído por uma armação de ferro com 18,5 metros de altura, exibindo luz branca com período de 10 segundos, e alcance de 12 milhas náuticas. Em 1914, seu equipamento de iluminação foi transformado para o sistema de gás automático.
Em 1986 o farol foi eletrificado, com a substituição de acumuladores por baterias, instalação de painel solar e troca da lanterna.
PROJETOS DE PESQUISA
Além disso, foram adquiridos rádios, telefone via satélite, GPS, barco inflável, motor de popa, computador, entre outros equipamentos que atendem o escritório em Natal e o Programa de Educação Ambiental.